Disfunção erétil é a incapacidade para ter ou manter uma ereção firme o bastante para a prática sexual satisfatória. Embora a disfunção erétil seja mais comum em idosos, a idade não é uma causa. Em aproximadamente 75% dos casos há uma razão física para o problema.
A disfunção erétil é um motivo para procurar ajuda médica com um urologista. Infelizmente alguns homens ficam relutantes ou envergonhados em relatar sua condição. Como resultado, eles não recebem a ajuda que poderiam ter para resolver o seu problema.
FATORES DE RISCO:
Envelhecimento: incidência de cerca de 80 % no grupo etário acima dos 75 anos;
Doenças crônicas: Diabetes Mellitus, aterosclerose, Hipertensão Arterial
Medicamentos: antihipertensivos, antidepressivos, anti-histamínicos, hipnóticos, tratamento do câncer da próstata…;
Tratamentos cirúrgicos: por lesão dos nervos pélvicos (prostatectomia radical, cistectomia,..);
Traumatismos: associados ou não a fraturas da bacia;
Abusos sociais ou comportamentais: tabaco e álcool;
Psicológicos: Estresse, ansiedade, depressão
Obesidade;
Síndrome metabólica: caracterizada por obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial e resistência à Insulina;
DIAGNÓSTICO
A disfunção erétil é diagnosticada por um urologista ou outro médico. Para a maioria dos pacientes o diagnostico requer uma anamneses (quando o médico colhe a história do paciente), um exame físico e alguns exames de sangue.
Anamnese é quando o médico faz perguntas sobre você e sua experiência com a disfunção erétil. O médico perguntará se você é portador de quaisquer outras doenças que possam contribuir para o quadro, como doenças endócrinas ou depressão. Provavelmente você será perguntado sobre sua vida sexual, o que pode ser muito pessoal, mas é necessário para entender a raiz do problema. O importante é não ficar envergonhado ao conversar com seu médico e estar aberto para decidir as melhores opções terapêuticas para você. Outras perguntas que seu médico pode perguntar:
Sua função sexual atual
Quando você começou a notar mudanças
Quaisquer problemas médicos ou sexuais prévios
Cirurgia ou lesão pélvica
Uso atual ou pregresso de medicações
Hábitos pessoais e estilo de vida (como tabagismo, etilismo, uso de drogas ilícitas, por exemplo).
Relacionamentos com parceiras atuais ou prévias
TRATAMENTO:
A primeira linha de tratamento para a disfunção erétil não complicada é o uso de medicações orais conhecidas como inibidores da phosphodiesterase-5 (PDE-5):
Citrato de sildenafil (Viagra®),
Vardenafil HCl (Levitra®),
Tadalafil (Cialis®)
Lodenafila (Helleva®)
Os homens portadores de disfunção erétil fazem uso dessas drogas antes da atividade sexual e elas ampliam os estímulos que são gerados durante o ato sexual, o que enrijece e prolonga a ereção. Essas medicações provocam o relaxamento da musculatura involuntária do pênis o que resulta em um fluxo sanguíneo aumentado e uma ereção mais rígida. Essas medicações são frequentemente eficazes, independentemente da raça ou idade do paciente. Essas drogas não podem ser tomadas por homens com problemas cardíacos, e os homens que fazem uso de nitratos devem consultar um cardiologista antes do uso dos inibidores da PDE-5, para compreender as possíveis interações ou efeitos em seus outros problemas de saúde.
Os efeitos colaterais dos inibidores da PDE-5 são geralmente leves e transitórios, e sua intensidade se reduz com o uso continuado. Os efeitos colaterais mais comuns são cefaleia (dor de cabeça), obstrução nasal, vermelhidão facial e dores musculares. Há casos raros em que o sildenafil causa borramento azul-esverdeado temporário da visão. O uso no longo prazo não traz riscos e os efeitos colaterais regridem à medida que os níveis dessas drogas no sangue se reduzem. É importante seguir as orientações da bula para conseguir os melhores resultados. Há estudos que revelam que 40% dos homens que não obtiveram um bom resultado com uso de sildenafil terão bons resultados após serem orientados sobre a forma correta de usar a medicação em questão.
Para os homens que não respondem às drogas orais, há outra opção, o alprostadil. Essa droga deve ser injetada no pênis. As taxas de sucesso em atingir uma ereção rígida o suficiente para o ato sexual chegam a 85% com a autoinjeção. Os efeitos colaterais mais comuns são dor em queimação no pênis e uma ereção prolongada (mais de 4 horas), que se denomina priapismo. O priapismo requer intervenção médica para reverter a ereção.
Para os homens que não podem ou não desejam fazer uso de medicamentos, pode-se utilizar um dispositivo (bomba) a vácuo. Esse mecanismo combina um cilindro plástico, ou tubo, que desliza sobre o pênis, e uma bomba que cria um vácuo de baixa pressão ao redor do tecido erétil, que resulta em uma ereção. Para manter a ereção após a remoção do cilindro plástico, aplica-se um anel de borracha na base do pênis. Caso bem orientados, 75% dos homens conseguem uma ereção funcional com um dispositivo a vácuo.
Alguns homens que têm degeneração grave do tecido peniano não respondem a nenhum dos tratamentos citados. Ainda que isso ocorra com uma minoria dos pacientes, são os pacientes com as formas mais graves de DE. A maioria dos homens que se fazem parte desse grupo são os diabéticos, pacientes que já apresentavam DE antes de serem submetidos à radioterapia ou cirurgia para câncer de próstata ou de bexiga e homens com deformidades penianas (denominadas doença de Peyronie). Para esses pacientes, o implante de uma prótese peniana vai criar uma ereção com taxas de satisfação em torno de 90%. O implante de uma prótese pode ser realizado em regime ambulatorial ou com um dia de internação. Os possíveis efeitos adversos incluem infecção da prótese ou falha mecânica do dispositivo.